quarta-feira, 2 de junho de 2010

Obesidade Canina

Hoje em dia, a obesidade canina é um problema grave nos animais, principalmente aqueles que vivem em apartamento e cães de pessoas idosas. Pelo simples fato deles não se movimentar muito, não sair para andar e comer além do indicado.

É perceptível a obesidade nos cães, “pois eles ficam quadradinhos parece uma mesinha” brinca o médico veterinário Evanói Nogueira. Uma das principais causas da obesidade é que muitas vezes os donos dão mais comida do que o animal precisa. Para Evanói um cão de três anos, por exemplo, pesando quatro quilos teria que comer somente 235 gramas de ração por dia e essa quantidade de alimento possui os nutrientes que ele precisa para manter o organismo bem durante todo aquele dia.


Por isso uma das recomendações é sempre olhar no rotulo da embalagem a quantidade indicada a ser dada, pois nela tem quantidade de proteína e vitaminas necessária. Outra coisa que vem aumentando os quilinhos de nossos amiguinhos de quatro patas são os famosos petiscos, e muitas vezes os donos pensando que está fazendo o bem para o animal, acabam cometendo um grave erro. Pois os petiscos ajudam cão aumentar o peso desnecessariamente e com isso eles adquirirem varias doenças. Para evitar esse problema os veterinários recomendam dar a ração na dose certa, não dar petiscos e nem comida caseira.





Muitas vezes o dono não se preocupa com o peso de seu animalzinho de estimação e acaba achando até bonitinho ele gordinho e não o leva ao veterinário. Mas o que o dono não imagina é que o cão está correndo perigo de vida com o fator peso e isso pode influenciar no aparecimento de varias doenças. Como por exemplo, a articulação.



Assim como os humanos, cães também podem apresentar problemas como artrite, artrose e inflamações nas articulações. Os primeiros sintomas podem se manifestar como tremores dos membros, dores fortes, desconfortos, estalos, além do cão mancar durante as caminhadas. Outros sinais são dificuldade para subir, pular e se locomover.

Foi justamente durante as caminhadas que a aposentada Marlene de Souza percebeu que seu cachorrinho de nome Tor, da raça Yorkshire estava com problema de obesidade. “Antes ele andava bem, não tinha problema de cansaço e nem de respiração, mas depois que ele começou a engordar a respiração passou a ser ofegante e ele não conseguia mais caminhar como antes, foi ai que percebi que ele estava com problema de obesidade.”, diz a aposentada.

Tor tem 9 anos e pesa 6,7 kg. O peso normal de um cachorro da raça dele (Yorkshire) é de 3,5 kg. Mas Dona Marlene reclama que não foi avisada pelos veterinários que seu cão estava acima do peso, uma vez que ela leva-o regularmente ao médico. Segundo a aposentada se os médicos tivessem alertado- a do problema ela teria impedido que seu cachorrinho adquirisse os quilinhos indesejados e as doenças que desenvolveram logo depois. “Antes de perceber o problema eu dava ele bifinhos de cão, ossinhos e chocolate. Hoje ele não pode comer nada disso mais”, lembra.


“Há quatro anos eu vem tentando resolver o problema de obesidade dele, mas infelizmente ainda não obtive um bom resultado. O fato de ele ter o problema de coração complicou o tratamento para perder peso, pois não posso dar a ração especifica para obesidade, pois a mesma contém muito sal, e isso prejudica o coraçãozinho dele”, explica Marlene.
Acostumado com petiscos, biscoitinhos e até chocolate, Tor teve que mudar o hábito alimentar. Agora sua alimentação é bem diferente e rigorosa, pois ele só pode comer 75 gramas de ração por dia e nada mais. Mas segundo a proprietária ele tem “reclamado” muito. “Ele fica 24 horas pedindo comida, chora toda hora. Eu dou a quantia indicada, mas ele não se conforma", diz.


Como se não bastasse o problema da obesidade o cão tem problema de coração e coluna adquiridos depois que engordou. E desde Novembro do ano passado ele vem fazendo tratamento diário para ambas as doenças. Para o problema de coração ele toma medicamentos prescrevidos pelo médico veterinário, e para dor na coluna Tor faz acupuntura também com acompanhamento médico.


Obesidade tem tratamento, mas o melhor remédio é previne-la

O primeiro e principal cuidado é com a alimentação, no mercado já existem rações especificas com baixa caloria para animais obesos. O segundo é fazer o animal praticar exercícios, ou seja, levá-lo para fazer caminhada, correr, pular e etc. Só não é recomendado medicamentos para diminuir o peso.
Outra ajuda vem das clinicas veterinárias, pois elas já oferecem um programa completo de tratamento para obesidade que inclui uma de dieta balanceada com exercícios específicos para cada tipo de animal. Chegando a clinica o animal passa por uma consulta acompanhada por uma serie de exames para saber quais as primeiras providencias a serem tomadas. “Com esse tratamento e usando as rações corretamente o animal se sente saciado, eles não sentem fome e começa a perder peso. Muitos animais conseguem diminuir até 30% do peso”, explica o veterinário.
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